19.3.10

Azul e Amarelo (suecos, claro) na Argentina



O novo uniforme do Boca Juniors para 2010 é mais um exemplo de como a Nike trabalha bem os símbolos dos clubes que patrocina. O design reproduz o estandarte sueco, fonte inspiradora do azul e amarelo que o clube ostenta. A título de cultura geral, a bandeira da Suécia traz o desenho da Cruz Nórdica, assim como os demais países escandinavos. As cores, por sua vez, são inspiradas no brasão de armas sueco.
Bom, encerra-se, com este post, a saga das cruzes reproduzidas nos uniformes dos clubes. Pois se continuar assim, é melhor eu montar um blog sobre religiões e cemitérios...

18.3.10

Roxa Cruz



Esta nova camiseta do Corinthians lembra muito o modelo utilizado pela Inter de Milão, em 2007, sobre o qual já comentei. A Nike aproveitou que São Jorge é o padroeiro do clube e, oportunamente, revitalizou o modelo com a cruz no peito, uma alusão às vestimentas de batalha dos Cavaleiros Templários. A campanha de lançamento evoca o “espírito guerreiro” do uniforme e conclama os torcedores a participarem da “Cruzada” pela Libertadores no ano do centenário do clube. A cor roxa divide a opinião dos corinthianos, mas é inegável que a Nike é a fornecedora que melhor sabe criar um link entre mitos, símbolos clubísticos e objetivos mercadológicos, dentro de um contexto.
Camisa não ganha jogo, mas ajuda a criar história.

23.8.09

Amadureceu



Outro clube paulista trabalhando bem o seu branding.
Este belo uniforme do Palmeiras resgata suas origens italianas. A Cruz de Savóia, já utilizada pelo clube em 1916, representa a Casa Real Italiana e o azul é inspirado na cor do exército que a defendia.
A diretoria do Verdão mostra que amadureceu em relação ao tradicionalismo que impera no marketing dos clubes brasileiros.
Falta agora, como comentei em outro post, fugir do modelo padrão de lançamentos de uniformes no país (desfile de jogadores) e explorar a história que está por trás da versão palmeirense da Squadra Azurra em campanhas de marketing.
Se bem trabalhadas, estas ações de comunicação vão render bons frutos tanto para a imagem do clube, como para o próprio uniforme.
E quem sabe um dia, além de Verdão, o Palmeiras também possa ser lembrado como Azulão.

17.8.09

Jason



Dias após o post "Intimidade", onde falei da importância dos clubes trabalharem melhor os apelidos que recebem dos seus torcedores, vejo esta ação do São Paulo. Ela vai ao encontro do que argumentei. Os torcedores são paulinos adotaram o apelido de Jason, sugerido pela imprensa em referência aos constantes renascimentos da equipe, e começaram a brincar. Colocaram máscaras de hockey iguais às utilizadas pelo personagem e manipularam imagens dos filmes. Com grande senso de oportunidade, o marketing do São Paulo lança agora esta camiseta, com o nome Jason e o n°13 às costas, em alusão ao personagem, famoso pelo clássico de terror Sexta-Feira 13.
Vai vender muito mais do que a quantidade de vezes que o Jason já ressucitou no cinema.

16.8.09

Forever



Esta imagem mostra um torcedor fanático do Hamburgo visitando um túmulo ornamentado por flores que desenham o símbolo do clube.

O maior ativo de um clube de futebol, sem dúvida, é o torcedor. É a razão de ser deste esporte. Mesmo os clubes exclusivamente formadores de atletas só existem porque vendem para os clubes que possuem torcidas. Enquanto as empresas se desesperam para fidelizar clientes, os clubes de futebol possuem uma base fiél. Uma vez que conquistam a preferência de um torcedor, isto dura para sempre.
Uma pesquisa realizada em 2002, na Espanha, demonstrou que 73% das pessoas mudam a marca de automóvel na compra seguinte, 2% mudam de religião ao longo da vida, e só 0,05% trocam de clube. Isso significa 5 pessoas em 10.000!
Esta lealdade independe de resultados. Que o diga o Santa Cruz de Recife, eliminado da Série D e com a 2º melhor média de público do país em 2009. Ela se fundamenta em um processo de identificação do torcedor com o clube. A pessoa não torce para um time, ela é do time. Mas isto não significa que esta fidelidade não precise ser trabalhada.
No tripé da lealdade aplicada ao futebol, encontram-se: o conhecimento da outra parte ( quem são os torcedores, nível de satisfação, etc.); a interação (canais de contato e diálogo, presença nos estádios), e a compensação (descontos, brindes, reconhecimento e incentivo).
Não trabalhar a fidelidade da torcida não siginifica perdê-la. Siginifica sim, perder grandes fontes de receita de eternos torcedores.